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terça-feira, outubro 19, 2010

Retornando...Salta...Corrientes...e agora em casa







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Passar a noite em San Antonio de Los Cobres não foi tarefa muito fácil, pelo menos para mim, além da altitude de seus quase 4000 m.s.n.m. a umidade relativa do ar em 14° estava piorando muito a situação, confesso que não via a hora de pegar o rumo de casa.

De cobres a Salta são 160kms, sendo que logo na saída tem uns 23 kms de ripio com fluxo intenso de caminhões e camionetes que levantam uma nuvem de poeira cada vez que passam, depois tem uns 80 km de asfalto, mais uns 20 de ripio até chegar numa pequena cidade antes de Salta.

O dia ficou marcado especialmente ao cruzarmos com o “Trem das Nuvens” que não poderíamos deixar de registrar, muito legal mesmo, o interessante é que o trem vai sendo acompanhado por 03 carros de apoio pela estrada, sendo um deles uma ambulância, ou seja, tem toda uma estrutura para garantir o bem estar dos turistas.

De salta, depois de uma boa noite de descanso, seguimos para Corrientes e depois para o aconchego do lar...

Enfim, a viagem correu perfeitamente dentro do planejado, as motos foram perfeitas, sem maiores problemas, agora é voltar a realidade, baixar a cabeça e começar a planejar a próxima...

Valeu...

Marcelo

domingo, outubro 17, 2010

Abra el Acay entre Cachi e San Antonio de los Cobres











Saímos cedo rumo a San Antonio de Los Cobres sem saber exatamente o que nos esperava. Era um trecho curto de aproximadamente 160 kms e com altitude. Sairíamos de Cachi com 2280 m.s.n.m cruzando o Cerro Del Acay, o ponto mais alto, com 4972 m.s.n.m. para chegar em San Antonio que está a 3900 ms.n.m.

A paisagem é espetacular e continuávamos com nosso objetivo de seguir sem muita pressa, aproveitando para tirar muitas fotos. A única informação que tínhamos, era que esse trecho levava em média de 3 a 4 horas para ser percorrido, parecia muito, mas estando lá a gente logo entende!

A estrada é sinuosa e estreita, com muitas “calaminas”, bolsões de areia, cotovelos e penhascos... e a mudança de altitude é bastante brusca, a subida de 3800 para os quase 5000 m.s.n.m ocorre em questão de poucos kilometros.

Voltando um pouco.... comecei esse dia com uma sensação estranha, com muita adrenalina e uma batida realmente diferente... mas a medida que avançávamos fui aliviando a pressão e conseguindo relaxar e curtir até chegarmos ao ponto mais alto da estrada e da montanha onde encontram-se as placas de localização e altitude e o “Monumento Natural Abra el Acay”. Este é o ponto mais alto da RN 40 ( paso carretero más alto en la America Latina) e quem sabe um dos pontos estradeiros mais alto o mundo, parada obrigatória para registrar com muita fotos.

O que posso dizer é que além do ripio e da altitude, encontramos algo que realmente eu não esperava (pelo menos não com tanta intensidade), era o velho e não tão amigo vento com rajadas que dificultavam estar em pé imaginem então, em cima da moto!

À cada cotovelo da estrada as rajadas ficavam mais fortes, só que subindo estávamos “protegidos” pela montanha, porém, ao iniciar a descida ( de acay) nos deparamos, de fato, com sua força... ( conheço bem... pegamos rajadas fortíssimas ao chegar em Puerto Natales em março, assim como, em Tres Lagos ao sul pela RN 40 junto com a Lari, em nossa viagem a Ushuaia).

Já o amigo CP teve o prazer de conhecê-lo (o vento) descobrindo que sua força é inexplicável e suas rajadas surgem por todos os lados dificultando a manutenção das guerreiras em pé (que estavam extremamente pesadas para esse trecho).

Enfim, foi impossível para o amigo CP passar por ali sem “comprar um terreninho”, isso porque ele nem queria, mas não teve outra opção (hehehe)... Já o amigo aqui, quase desistiu de descer o Cerro, não fosse o amigo CP com toda sua pilha e motivação, dizendo que tava na hora e não tinha outro jeito a não ser encarar a descida. Confesso que foi um dos momentos mais difíceis que já passei, pois quando fiz a curva final e me deparei com toda a força do vento (que jogou a frente da moto em direção da montanha) eu travei e não fui mais nem para frente nem para trás e apenas consegui voltar para a proteção das pedras porque o CP me ajudou...

Impressionante, o cara já tinha levantado a moto dele sozinho algumas curvas atrás e foi o responsável pela maioria das fotos daquele trecho. Ainda por cima, caminhava de um lado para outro, feito criança num parque de diversões... E eu?!? Sentei quieto buscando controlar a respiração para me recuperar para não entrar em “apuno” total... valeu CP!!!

Embicamos as motos na estrada, esperei passar uma rajada forte e “me fui” em primeira marcha com muita dificuldade com o CP logo atrás registrando o que podia... Foram os 50 Kms mais difíceis da minha vida, cada um tem seu limite e hoje vejo que, consegui me superar e passar por ali naquelas circunstancias. Mas ficou a lição: a moto estava extremamente pesada, o pneu inadequado e não tínhamos as informações do que exatamente poderíamos encontrar pelo caminho...

Vamos aguardar as palavras do CP...

Marcelo

terça-feira, outubro 12, 2010

De Cafayate para Cachi










O dia hoje começou cedo e com um céu muito azul nos animando mais ainda para a nossa empreitada. Logo ao sair de Cafayate encontramos um grupo grande de motociclistas argentinos que recém chegavam desse trecho que estávamos começando, o visual da galera nos espantou um pouco de tanto poeira... na moto e neles... hehehe


A adrenalina sobe um pouco nessa hora, entramos na Ruta 40... ou seja, fim do asfalto e início do rípio e muitas “calaminas” (costeletas)..... tb muita areia e pedra como se esperava, os primeiros kilometros a gente vai meio friozão mas depois vai se acostumando...


O mais difícil de pilotar no rípio é quando o cara quer ficar olhando o visual que é deslumbrante, pelo menos para mim, pois são essas coisas que me motivam vir até aqui, então, por isso, todo cuidado é pouco!!!


Ainda hoje em uma de nossas paradas para tirar fotos, passou um motociclista local com uma moto de menor porte, que ao passar ficou olhando para nós e se estatelou no chão bem na nossa frente, o CP correu para ajudar o piloto (que não se feriu com gravidade, apenas o susto e alguns esfolões... com a motoca nada mais que o pedal do cambio entortado que consertamos para ele ali mesmo) Sempre é bom relembrar....nessas horas é que se dá valor para nossos equipamentos de segurança!!!


Chegando numa quebrada, à esquerda Molinos no caminho para Finca Colomé e para a direita Cachi... surgiu aquela vontade incontrolável de mudar um pouco o roteiro e conhecer a Finca que produz vinhos em altitudes superior a 2.300 m.s.n.m. ( http://www.estanciacolome.com/). Enquanto avaliávamos a situação, chegaram dois viajantes com seus carros (verdadeiras relíquias) e alegria contagiantes... vinham seguindo seu objetivo de descer a toda a Ruta 40 ....

Pronto foi o que nos bastou para desaceleramos o planejamento do dia e seguir para a Finca Colomé e curtir um almoço diferente, muito especial mesmo, obviamente com direito a um bom vinho das alturas. Assim nosso roteiro de hoje se encerrou em Cachi, no Hotel da ACA, que foi uma indicação dos viajantes da Ruta 40, que, aliás, depois atualizo aqui como podemos acompanhar essa aventura também.

Quanto ao meu amigo CP, está cada vez mais solto, o rapaz só me faz “elogios” hoje ele chamou a minha moto de implemento agrícola... é mole?!?! Felizmente não perdi nada pelo caminho ainda, já a motoca dele tá querendo deixar os pedaços por aqui... hehehe... mas ele não vai deixar... certamente trará todos pedaços amarrados de volta na garupa... Aliás, o cara tá gostando demais aqui da região, comprou mais um terreninho, mas se desfez rapidinho... é novinho ainda, tem futuro.


Até mais, agora sim... em San Antonio de Los Cobres... nosso objetivo final...
Marcelo

De Cabra Corral para Cafayate




Hoje o dia foi relax total... rodamos uns 140 km de Cabra Corral a Cafayate com muitas paradas, que são quase que obrigatórias para contemplar as paisagens maravilhosas desse trecho.

Em Cafayate aproveitamos para revisitar a cidade e uma belíssima refeição... degustando um bom vinho em um dos restaurantes na beira da praça central...

Enfim, assim foi a nossa concentração para encarar o desafio do próximo dia, seguir pela RN 40 até San Antonio de Los Cobres...

Marcelo

segunda-feira, outubro 11, 2010

Resistencia a Cafayate via Cabra Corral na RN47 - DIA 02




Para hoje o plano inicial era cruzar o Chaco e dependendo do horário optar pela RN47 para Cabra Corral ou seguir para Salta...


O Chaco ficou para trás... cruzamos tranqüilos com uma temperatura agradável, em torno de 28° graus, chegando na entrada da RN 47 e emoção falou mais forte, já passava das 15:30 e o tempo bem encoberto com muitas nuvens... mas mesmo assim encaramos o trecho de 60 km de ripio, trecho de regular a difícil que nos encantou ao chegar na Represa Cabra Corral.


Enfim, cruzamos a RN 47 nas pontas dos dedos, já que depois de 750 km rodados no dia, encarar um trecho desses não deveria ser diferente! A frustração do dia, ficou por conta da descoberta de ser feriado nacional...e chegamos em Cabra Corral com a maioria dos hotéis lotados... mesmo assim, conseguimos uma boa hospedagem, pois não queríamos chegar em Cafayate a noite... ótima decisão!!!


Aliás, não posso esquecer de avisar aos amigos que o CP gostou tanto daqui que comprou um terreninho, pequeno mas comprou... hehehe... o cara é rapidinho, não nem tempo de registrar..
E para encerrar o dia 100% brindamos com um Borgoña e um “pejerrey na plancha”...

Amanhã tem mais...
Marcelo

sábado, outubro 09, 2010

PN Los CARDONES 2010 - CP & Becker - DIA 1


Estou aqui em Resistencia... na frente de um Alemão (CP) com um prato de “lechugas”... cheio de cebola... e que vai dividir o quarto de hotel comigo...arghh...

Mas vamos ao que interessa... Saímos hoje cedo de casa rumo às quebradas de Cafayate... optamos em sair por São Borja via Sta.Maria... (quis inventar um atalho por dentro da UFSM...bahhh... o CP não quis mais nada...não deu certo, obvio!...foi consciente)... hehehe...

Hoje rodamos 1030km... Os destaques ficaram com o trecho de Sta Maria/São Borja que está muito bom, especialmente nas proximidades de Jaguari (muitas curvas). Legal também a Aduana de São Borja com Santo Tomé, com ótima estrutura, atendimento e casas de cambio, facilitando a vida do viajante...

Passamos no trecho de Ituzango/Corrientes contornando o majestoso rio Paraná e logo após cruzá-lo, entramos na Capital do Chaco... Resistencia...

Detalhe: ao entrar na cidade de Resistencia, conhecemos a Amarilla Automotor (concessionária BMW)... abaixo o endereço e telefone, pois é um ponto de parada estratégico...

Outra coisa, aos amigos Maxitrail... não conseguimos nos perder... hehehe... ainda...

Amanhã vamos encarar o Chaco até Salta La Linda... acompanhem pelo SPOT...

Até mais...

Amarilla Automotores S.A.
Ventas, Servicios y Repuestos

Av. Sarmiento 699Resistencia -
ChacoTel.: 03722-441100
Fax: 03722-441100

quarta-feira, setembro 08, 2010

Santa Maria - Rivera

Depois de um breve recesso de sair de moto devido ao clima, compromissos e outros contratempos resolvemos, de última hora, dar uma voltinha com a nossa “Black Bull” parceirona de tantas aventuras...
Após um “brainstorm” de alguns minutos, escolhemos como destino final, a cidade de Rivera (tradicionais comprinhas básicas) dessa vez, porém, com uma condição: rodar por um caminho diferente do tradicional... foi aí que surgiu a idéia de conhecer o Moto Garage em Santa Maria, bar temático de motociclismo..
Escolha acertadíssima, o bar é muito legal, mas, o mais legal para a gente, foi contar com a presença dos amigos Renato Lopes, Wilma e Felipe que estiveram lá para nos receber e prestigiar a nossa visita.
Para quem não conhece (se é que...) o Renato Lopes é integrante do Gaudérios do Asfalto, grupo de motociclistas tradicional de Santa Maria que estão organizando o 14° Mercocycle, evento que atrái motociclistas do todo o Brasil e também do Mercosul, maiores detalhes vejam no site: http://www.gauderiosdoasfalto.com.br/. É também participante do Maxitrail, enfim um parceirão com muitos Kms de estrada em duas rodas.
Na seqüência, ou melhor, no dia seguinte saímos cedo rumo a Rivera direto pela BR-158 (trecho novo) e retornamos via Bagé (uma ótima escolha, pois a estrada está ótima e o fluxo de movimento quase não existe até chegar na BR-290).
Ao total rodamos 1.100 km... conhecemos novos lugares, reencontramos amigos, fizemos novos amigos ( Vanderlei de Passo Fundo – RS , http://tcherider.blogspot.com/ ) e chegamos com as pilhas recarregadas.
Até a próxima...
Marcelo e Lari

segunda-feira, julho 26, 2010

O Caminho das Pipas

No sábado que passou decidimos refazer o Caminho das Pipas, um roteiro localizado entre Rolante e São Francisco de Paula, que coloca Boa Esperança, distrito de Rolante no mapa.


O Roteiro das Pipas percorre as pequenas propriedades rurais da região e tem como principal objetivo dar visibilidade as vinícolas de produção familiar e também os tradicionais produtos coloniais, no entanto, também é uma ótima oportunidade de conhecer um pouco mais da cultura colonial italiana no nosso estado.

A partir de Rolante são em torno de 20 km até a cidade de Boa esperança.
Nossa primeira parada foi na propriedade da família Finger.


" Receber turistas em casatornou-se comum para a família Finger nos últimos anos. Vitivinicultores da comunidade de Boa Esperança, interior do município de Rolante, os Finger não têm dia noa ano sem a companhia de algum comprador para a sua produção de vinhos artesanal e para degustação de produtos coloniais produzidos pela senhora Clades Finger. Chegam a receber, na alta temporada (entre os meses de maio, junho, julho e agosto) mais de cem pessoas por dia na cantina montada no porão da casa bem cuidada..." Entrevista realizada pela Emater, conheça mais da história da família Finger, aqui.




Novamente fomos super bem recebidos pelo Sr. Finger e seu filho Andrei. Degustamos os vinhos da nova safra, com pães, queijos, salame e copa! Uma delília. Aproveitamos para fotografar o local, já que em nossa última passada por lá choviam "iguaçus".

Para Facilitar a localização aqui estão as coordenadas: S 29º 33' 934" W 050º 30' 738"

Na sequência, uma ótima dica de almoço: Restaurante da Figueira Branca, localizado em uma das colinas de Boa Esperança (s 29º 33' 540" W 050º 30' 130") lá, o atendimento é feito diretamente pelos donos e convém fazer reserva (051 96974613) pois em dias ensolarados o restaurante é bem disputado. Mesmo assim, os donos garantem que todos são atendidos, mesmo sem reserva, nesse caso, muita paciência, com as possíveis filas.

No Figueira Branca encontramos uma cardápio colonial que pede trégua para as dietas. O destaque fica por conta da sopa de capaletti e das polentas. Buon Appetito!



Pessoas...